S1-ISON no campo de visão da STEREO-A
A STEREO-A acaba de divulgar suas primeiras imagens, uma curta animação que mostra o cometa entrando no campo de visão dos instrumentos: STEREO-A, S1 e 2P/Encke (www.isoncampaign.org – CIOC) [link externo].
Como se vê, S1 entra no campo pela borda esquerda. O cometa 2P/Encke, que também está na imagem, exibe o comportamento frenético da cauda quando esta interage com o vento solar.
É justamente agora, quando S1 sai do nosso alcance, que as sondas começam, uma a uma, a tê-lo no campo de visão de suas câmeras. Será possível acompanhar toda essa fase através da internet, quase em tempo real.
Abaixo, os registros que fiz em 21 e 22-nov durante outra breve oportunidade de céu claro. Talvez estes sejam os últimos, considerando que o cometa está nascendo dentro do amanhecer e a previsão é de tempo fechado por aqui.
Embora as fotos sugiram que o cometa estivesse razoavelmente fácil de se ver, a realidade nos conta que sua magnitude, que girava em torno de 4,xx, não foi suficiente para vislumbre à olho nu devido à baixa altura e um céu já claro pela início da alvorada. Durante toda a fase de aproximação, em nenhum momento pude observar o cometa sem o auxílio de binóculos.
Links externos:
ISON, Encke and Mercury – Karl Battams (CIOC)
UPDATE: New ISON and Encke Movie – Karl Battams (CIOC)
SOHO – Solar and Heliospheric Observatory (NASA)
SDO’s Comet ISON Perihelion Event Website (NASA)
Fotos:
21-nov, Juan Carlos Casado
21-nov, Gerald Rhemann
O processamento desse stack contendo 21 fotos envolveu um bom trabalho manual, pois o número de estrelas necessário para o alinhamento automático pelo software (DSS – Deep Sky Stacker [link externo]) era insuficiente. Observe que chega a ser possível identificar estruturas na cauda do cometa. Compare com uma foto do mesmo dia feita por Pete Lawrence [link externo], um stack de 35 x 30 segundos (longo tempo de exposição implica em equipamento com rastreamento).
Considerando condições desfavoráveis como alta poluição luminosa, Lua e nuvens, é realmente interessante ver até onde se pode chegar com apenas câmera, tripé e o zoom de uma tele de 300mm (ou menos). Acoplar um sistema de rastreamento elevaria a qualidade dessas fotos a um outro patamar.