Fotos que contam histórias

Spathi
Plantas

Contraluz

O brilho das plantas.







Inexorável (fácil é…)


Fácil é… perceber a beleza das rosas.

Adversidade (fácil é…)

A sina da semente é germinar.

Dura Natureza.
Sábia Natureza.

Fácil é… prosperar quando o solo é fértil.

A visita do polinizador “rei”

Bastou a Senna abrir as primeiras flores do ano para que um dos mais famosos polinizadores surgisse com suas visitas constantes.

Não são apenas famosos. São importantes polinizadores de várias espécies. Do maracujá é o principal.

Se procurar bem, poderá ver ainda ao menos dois outros insetos escondidos entre folhas e flores. Essa é a planta que uma certa borboleta amarela (Phoebis sennae) escolhe para perpetuar sua espécie. Lembra?





Essas abelhas chegam fazendo alarde, zumbindo alto e provocando um certo receio. Não costumam atacar, mas não hesitarão em ferroar quando se sentirem ameaçadas.

Ao pousar na flor, promovem uma intensa vibração e zumbido que faz voar uma bem visível nuvem de pólen ao seu redor. Garantem assim a geração das futuras sementes.


Fr

As fases de uma Liliopsida

Característica comum, essa planta entra em dormência pouco tempo depois da maturação de suas sementes. As folhas se perdem. Mas, abaixo da superfície, seu bulbo mantém a vida que a terra nua acima parece mostrar não mais existir.

Sol grande e sol pequeno. Atividade e descanso. Adversidade e bonança.

A sincronia dos elementos contribui para sua prosperidade. E, um belo dia, a mesma vida brota da terra com a força de uma nova vida…

(continua aqui)




Planta-mosaico

Um planeta com anéis. Planta com folhas azuis.

Tolice citar exemplos, pois há uma infinidade de coisas nesse mundo que nossa poderosa imaginação sequer tangencia.

Se você não visse as folhas de uma Fittonia, seria capaz de imaginar que isso existe?

Fittonia verschaffeltii















Rosas – 3D

Rosas - série 1 - 3D

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Ensaio para um bonsai: primeiras flores – Calliandra – 1 ano e meio


Não sou bonsaísta. Assim, chamo essa incursão de ensaio. Talvez a diferença esteja apenas no fato de ter usado o que chamam de “aramação” para conduzir o tronco de forma recurvada durante o primeiro ano.

Um ano e meio após a germinação e a pequena Calliandra se enche de flores pela primeira vez.














Ensaio para um bonsai: Calliandra – ano 1






A grande flor de Pitaya

Hylocereus undatus é o nome do cactus que gera as enormes flores e cujo fruto é conhecido por pitaya.

Muito tempo de preparação, uma noite de duração: assim é a rainha-da-noite, a flor de suave perfume que empresta sua nobreza a todas as demais flores.

O convite especial dessa noite foi para ver o espetáculo da abertura dessas flores incomuns. Irrecusável. E não só pela flor, mas também pelo acolhimento.

A ante-sala com algumas orquídeas faz a transição dos ambientes da casa para o jardim parecer não existir. Abre-se a última porta e descortina-se um imponente Hylocereus onde conta-se para mais de dez flores em plena antese. A seus pés, um pequeno lago, com avencas e bromélias adornando toda a cena. E eu não estou contando tudo.

Não ver essas belezas é um pouco como estar cego!


Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso









Crédito: Claudia Musso




Um jardim como o do Éden – Encantos

Crédito: Claudia Musso

Crédito: Claudia Musso

Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso




Um jardim como o do Éden – As flores

“Bem no alto, quando não mais parece haver como continuar subindo, uma porta conduz a uma velha oficina.

Esse aroma de óleo e madeira misturados tem cheiro de saudade. Vem das antigas ferramentas de ferro, da madeira e tudo o mais que povoa o ambiente.

Local onde a mão que trabalha cada peça ludibria a impaciência do tempo.”

Mesmo aquele caído no mais profundo dos sonos despertará ao simples vislumbre, pois a linguagem dos sentidos remonta aos primórdios, mas ainda encontra-se entranhada em nosso ser, visceralmente.

É através dessa linguagem que as flores que margeiam esses degraus convidam-nos a subir. Galgá-los é deixar-se conduzir.



Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso




Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso





Aromas, formas, cores… verde. Que sustenta.

Como é pequeno o nosso grande mundo de concreto.

Um jardim como o do Éden – As orquídeas

Um jardim que ora sobe pelas encostas, ora desliza sobre elas.

Onde as árvores fornecem proteção para as pequeninas plantas lá embaixo e abrigo aos pássaros lá em cima.

Aqui a natureza parece mais feliz, o vento brinca com as folhas, as cores brotam da terra. Um lugar onde o tempo pode parar. E também pode voltar.

Presença que permeia por toda a casa lá embaixo. Um jardim com infinitos recantos, tão frágeis e sólidos quanto a natureza que lhes sustenta.






Plantas, flores e 3D – série-1

As fotos a seguir usam duas técnicas que possibilitam a visualização da imagem com o efeito 3D: Anaglyph e crosseye (este último é um termo usado, porém pouco formal).

Para ver o efeito em fotos Anaglyph você terá que ter em mãos um óculos vermelho/ciano (red/cyan), daqueles que outrora foram adotados em alguns filmes-3D. Esta técnica é conhecida por não representar fielmente as cores da imagem, mas o efeito não requer esforço do leitor e se mostra como algo que “salta a tela”.

Já o efeito 3D conseguido por meio da técnica crosseye não depende de equipamento e sim de algum treino para “misturar” as duas imagens apresentadas apenas através da convergência dos olhos. Gasta-se algum tempo, mas o efeito é compensador. A as cores são fiéis e a imagem se mostra com maior qualidade.

Plantas e Flores - serie-1 - 3D anaglyph

Imagens em 3D, usando anaglyph. Necessita de óculos vermelho/ciano.

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Plantas e Flores - serie 1 - 3D

Imagens 3D-crosseye.

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Protandria em Impatiens

O botão nasce, desenvolve-se e a flor abre.




Permanece aberta entre três a cinco dias, quando então despe-se das pétalas.
Resta então o fruto que desenvolverá as sementes… ou se perderá.

A ocorrência da fecundação depende de interações e sincronismo que a natureza vem cuidando de manter através dos tempos.


Mas em qual momento ocorre a polinização?

Voltemos alguns quadros. Quando a flor abre (antese) pode-se notar que há no centro uma pequena protuberância, uma espécie de cápsula com uma fenda. Abaixo dela vemos a entrada do tubo nectário.


Nessa estrutura encontram-se as anteras, de onde são gerados os grãos de pólen. Com a antese, a fenda das anteras começa a abrir (deiscência das anteras) e só então ocorre a liberação do pólen.

Pouco no início, a liberação passa a aumentar e após 24 horas já é abundante: a flor parece viver uma fase totalmente masculina.

A polinização é a transferência dos grãos de pólen das anteras para os estigmas – parte do órgão masculino (androceu) e feminino (gineceu) da flor.

Mas onde estão os estigmas? Como polinizar manualmente a flor de Impatiens?

Cerca de quarenta e oito horas depois da abertura da flor, o segredo começa a ser desvendado.

A estrutura das anteras e todo o androceu entra em colapso e, em um sobressalto, revela que ele próprio recobria sua porção complementar: vemos então o carpelo (estigma, estilete e ovário).

Essa é uma planta em que o fruto libera as sementes em uma explosão. Literalmente. E ela parece gostar desse tipo de espetáculo, pois também o emprega, em menor escala, ao descobrir o órgão feminino.

A estrutura masculina, que recobria a feminina, rompe-se da flor em sua base e começa a desidratar-se iniciando uma ruptura longitudinalmente, de baixo para cima, até que se desprenda definitivamente como se fosse ejetado.

É quando podemos ver um carpelo novo em flor, com um estigma ainda não receptivo: a flor parece viver agora sua fase feminina.

O estigma começa então a abrir-se como uma flor em miniatura.

O surgimento da “flor” de uma flor é o sinal para a polinização.




A maturação do estigma ocorre bem depois da maturação do grão de pólen: você presenciou a protandria em Impatiens.

Esses processos que dificultam a fecundação de uma flor pelo seu próprio pólen são mecanismos de auto-incompatibilidade. Eles têm sustentação no modelo evolucionário.

Duas flores em duas fases: masculina e feminina

Polinização

As várias faces de Impatiens

A Impatiens, que dentre tantos outros nomes populares também é conhecida como beijo, é fartamente encontrada em listas de plantas invasoras, ornamentais e até medicinais.

A extrema facilidade de enraizamento – uma única folha colocada em água gera raízes em pouco tempo – aliada a um sistema eficaz de dispersão de suas sementes já a colocariam como candidata em qualquer lista de invasoras potenciais. Junte-se a isso o clima favorável que encontrou por aqui e mais uma planta introduzida avança sobre matas e parques brasileiros.

Em Invasões Biológicas – Conservação da Biodiversidade – USP, vemos um gráfico (pág. 17) que mostra seu avanço desenfreado sobre a mata nativa, sem qualquer indício de que a fase de estabilização tenha iniciado. De fato, até mesmo a fase de naturalização não está bem delineada: a planta parece ter entrado direto na fase de invasão, sem escalas.

Andei “arrecadando” Impatiens de cores variadas diretamente das matas invadidas, em um raio de mais ou menos 300 km. É comum ver quilômetros seguidos das margens das rodovias sendo coloridas por beijos.

Mudando de lista… quão bela uma invasora pode ser?











Impatiens

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Rebentos de Estrelas do Cavaleiro

Semente de açucena não traz o cotilédone para cima da terra quando germina, ou seja, sua germinação é hipógea, como uma boa Angiospermae (Magnoliophyta).

A semente acima germinou em algodão, onde foi posta após as asas terem sido retiradas. Germinou em 14 dias, quando então foi transferida para um substrato com serragem pura, sem que tenha sido “enterrada”.

A primeira folha, como pode ser visto acima, brotou no vigésimo segundo dia. E, outra característica, ela não surge do cotilédone.

Em um regime menos artificial, a primeira folha das sementes aladas começa a despontar já no décimo quinto dia.

Surgem como espadas, varando a terra.

Tímida e lentamente, as folhas solitárias começam a pintar a terra de verde.

Aniversário de um mês. Os ares de rebento vão ficando para trás. Nosso mais novo filete-verde já trabalha tal gente grande e sabe bem o que precisa fazer: está construindo um bulbo.

Hippeastrum: a vez das sementes

Quando o céu se torna novamente azul, logo após algumas chuvas, a cápsula que forjou as sementes de uma nova geração de açucenas começa a romper-se.

Em seu interior, começam a ser reveladas, aos poucos, fileiras de negras sementes empilhadas. Há uma pilha em cada um dos três compartimentos que, bem no início, era o que sustentava suas pétalas. Talvez você também nunca tenha visto sementes de açucena, mas como o momento é único, isso pouco importa.

Afinal, quem não quedará impressionado com sementes aladas?

Aladas sim!  Assim são chamadas os tipos de sementes que desenvolveram membranas que recobrem a leve e frágil semente em si, agindo como asas.

E o vento semeará novas açucenas.
A terra integra-se com a água e o ar, conspirando para a vida.

Hippeastrum construindo o fruto

Desde a brotação do bulbo, contamos aqui quarenta e cinco dias.

Hippeastrum erigiu a haste floral nua (sem folhas) em trinta e dois dias, quando então duas flores abriram.  A fase-flor persistiu por volta de cinco dias.  E uma semana depois…

E então surgem a primeira folha e também um segundo pendão.

Enquanto isso, o fruto continua seu desenvolvimento.

E  o fruto agora está perto de entregar ao mundo a parte que lhe é mais cara,  aquela que gerou e protegeu com tanto zelo durante trinta dias.

Cinco dias de flor de um Hippeastrum

Trinta dias de um Hippeastrum

Hippeastrum 'Coral'

Dente-de-leão

Taraxacum officinale

As serpentes e o castelo de Neomarica

Neomarica sp.

“Durante um período do ano, os castelos mágicos de Neomarica aparecem sobre a terra, no alto de colinas verdes.

Menos de doze horas se passam desde o momento que surgem até desaparecerem completamente, para então ressurgirem em outro dia, noutro local.

E é nessa época que costumamos ouvir relatos encantados, enebriados, por vezes até assombrados daqueles poucos agraciados com a sorte desse vislumbre. Vistos, sim. Mas quem ousar desvendar seus segredos terá antes que enfrentar a fúria das três serpentes azuis…

Fronte azul e ventre amarelo, ambos entrecortados por raias, carregam a força de mil tigres, estampados nas marcas em seu dorso. Essas gigantescas, ameaçadoras e temidas criaturas protegem cada uma das três imponentes torres de cristal: o castelo de Neomarica.

Conta a lenda que as najas são mensageiras desses seres colossais e que, por isso, receberam o sopro de seu poder.

Os castelos mágicos de Neomarica continuam a vicejar sobre a terra, sempre na mesma época. E todos acham que isso é um sinal.

Sinal de que seus segredos nunca foram penetrados. Ninguém que tenha triunfado a batalha das serpentes jamais foi visto novamente.

Conta a lenda que a torre de cristal transforma-os em… serpentes azuis!”


Neomarica

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Coleus e suas folhas-flores

As flores do Coleus pintam o ar de azul.

Solenostemon scutellarioides

Essas pequenas e delicadas obras de arte vão surgindo formando anéis. Ao final, numerosas flores enfeitam a planta lembrando as luzes de uma árvore-de-natal.

Há quem considere que observar uma flor permite-nos trafegar entre o mundo da forma e o da essência. O vislumbre do belo como ponte para percepção do mais elevado (*).

Se assim for, algo semelhante poderia ser escrito para as folhas do Coleus…

Sua folhagem veste-se com um veludo de tonalidades e recortes, tantos e tão majestosos que olhar que aí passeia faz a mente esquecer-se que não são flores. E trafegamos por aquela mesma ponte.

Não são flores. Nem veludo tampouco. Do lado de cá da ponte, o mundo das formas conta uma verdade que nos parece bem menos convincente.





(*) Veja: Um novo mundo, Tolle, Eckhart.

Coleus

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