Fotos que contam histórias

Spathi
Liliopsida

Mãe de milhares – Kalanchoe

Alvorada

Reverências ao novo dia…

Lua e Vênus

Após dois anos, renasce a Açucena.

Floração da Callisia

Seria possível ter algo como um gramado se o seu jardim não tem terra?

Soa estranho, bem sei, mas a diversidade do reino Plantae parece mesmo não ter fim. E a Callisia, que já estava por aqui bem antes, surgiu também como a resposta natural para essa pergunta.

Quando tentei espalhar alguns ramos de Callisia sobre o cimentado, não acreditava realmente que aquilo poderia se tornar uma forração. Foi uma tentativa sem pesquisa prévia e o resultado… surpreendente!

A Callisia é uma Commelinaceae, de onde herda características rústicas que lhe conferem a capacidade de prosperar em ambientes adversos. Há uma espécie conhecida popularmente também por dinheiro-em-penca, embora esse nome seja empregado em outros gêneros também. Tenho aqui uma variedade bem verde (caule e folhas verde limão) e outra mais escura, com pigmentos arroxeados pelas folhas e que tomam quase todo o ramo. Ambas fazem agora o papel de forração, diretamente sobre o cimentado, portanto, sem substrato algum.

O meu novo “gramado” ficou repleto de pequenas flores no início do inverno. São diminutas, translúcidas com alguns tons amarelos e uma espécie de penugem. Surgem em grande número, praticamente uma flor em cada folha.

A forração não se presta a pisoteio, mas pode ser uma boa opção para um terraço verde.


A flor da lança


Final de Outono


Em seu adeus, o fim do outono ainda deixou

A cor, que ludibria a câmera
Duas jóias escondidas
E a gestação.

A alegria dos rebentos
E a lágrima.

A simples e bela
O permufe suave
A folha, lilás e branca
E as pequenas graciosas

A folha vermelha
A flor da flor
Venerando o Sol

E o voo…

Abertura de flores – Antese

Fiz um novo vídeo mostrando a abertura de algumas flores em timelapse.

Pode ser visto em HD (clique no respectivo controle do vídeo).

As flores são de:

0:04 – Mirabilis jalapa (lilás; maravilha, bonina, bela-noite)
0:30 – Mirabilis jalapa (branca)
0:50 – Calliandra tweedii (vídeo reverso; esponjinha, mandararé)
1:04 – Calliandra tweedii (vídeo normal)
1:38, 1:45, 1:52, 2:10 e 2:22 – Turnera sp.
1:43 e 1:48 – Calliandra surinamensis
2:01, 2:20 e 2:23 – Lilium ‘Orange Pixie’ (lírio)
2:26 – Hippeastrum ‘Coral’ (açucena, flora-da-imperatriz)
2:50 – Amaryllidaceae (Crinum?)
2:57 até o final – Fruto, semente, germinação, desenvolvimento e fase adulta do Hippeastrum ‘Coral’

Observações:

0:24 a 0:30 – Mirabilis: maturação e liberação do pólen (deiscência das anteras)
0:40 a 0:42 – idem
0:44 a 0:46 – Mirabilis: polinização. Vemos vários grãos de pólen no estigma (peça mais a direita)
0:46 a 0:50 – Mirabilis: polinização. Um grão de pólen alcançou o estigma
3:00 a 3:04 – Hippeastrum: rompimento e liberação das sementes aladas que serão levadas pelo vento (anemocoria)

Cores da alvorada

Essa história começou aqui.

De lá para cá, seis longos meses se passaram.



O sol pequeno já se foi e os primeiros sussurros da primavera que se avizinha já andam acordando os mais afoitos. É o sinal para a “Fr”, enfim, virar Freesia.

O delicado trabalho de construção de cada flor parece nos dizer do zelo que desfrutam as futuras gerações.



Há muitas cores nas Fresias. E há Fresias de muitas cores.

Esta parece estar acordando já pintada com as luzes das alvoradas.


Agora é aguardar o “dia clarear”.


Contraluz

O brilho das plantas.







Fr

As fases de uma Liliopsida

Característica comum, essa planta entra em dormência pouco tempo depois da maturação de suas sementes. As folhas se perdem. Mas, abaixo da superfície, seu bulbo mantém a vida que a terra nua acima parece mostrar não mais existir.

Sol grande e sol pequeno. Atividade e descanso. Adversidade e bonança.

A sincronia dos elementos contribui para sua prosperidade. E, um belo dia, a mesma vida brota da terra com a força de uma nova vida…

(continua aqui)




Um jardim como o do Éden – Encantos

Crédito: Claudia Musso

Crédito: Claudia Musso

Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso



Crédito: Claudia Musso




Um jardim como o do Éden – As flores

“Bem no alto, quando não mais parece haver como continuar subindo, uma porta conduz a uma velha oficina.

Esse aroma de óleo e madeira misturados tem cheiro de saudade. Vem das antigas ferramentas de ferro, da madeira e tudo o mais que povoa o ambiente.

Local onde a mão que trabalha cada peça ludibria a impaciência do tempo.”

Mesmo aquele caído no mais profundo dos sonos despertará ao simples vislumbre, pois a linguagem dos sentidos remonta aos primórdios, mas ainda encontra-se entranhada em nosso ser, visceralmente.

É através dessa linguagem que as flores que margeiam esses degraus convidam-nos a subir. Galgá-los é deixar-se conduzir.



Crédito: Claudia Musso


Crédito: Claudia Musso




Crédito: Claudia Musso





Crédito: Claudia Musso





Aromas, formas, cores… verde. Que sustenta.

Como é pequeno o nosso grande mundo de concreto.

Um jardim como o do Éden – As orquídeas

Um jardim que ora sobe pelas encostas, ora desliza sobre elas.

Onde as árvores fornecem proteção para as pequeninas plantas lá embaixo e abrigo aos pássaros lá em cima.

Aqui a natureza parece mais feliz, o vento brinca com as folhas, as cores brotam da terra. Um lugar onde o tempo pode parar. E também pode voltar.

Presença que permeia por toda a casa lá embaixo. Um jardim com infinitos recantos, tão frágeis e sólidos quanto a natureza que lhes sustenta.






Rebentos de Estrelas do Cavaleiro

Semente de açucena não traz o cotilédone para cima da terra quando germina, ou seja, sua germinação é hipógea, como uma boa Angiospermae (Magnoliophyta).

A semente acima germinou em algodão, onde foi posta após as asas terem sido retiradas. Germinou em 14 dias, quando então foi transferida para um substrato com serragem pura, sem que tenha sido “enterrada”.

A primeira folha, como pode ser visto acima, brotou no vigésimo segundo dia. E, outra característica, ela não surge do cotilédone.

Em um regime menos artificial, a primeira folha das sementes aladas começa a despontar já no décimo quinto dia.

Surgem como espadas, varando a terra.

Tímida e lentamente, as folhas solitárias começam a pintar a terra de verde.

Aniversário de um mês. Os ares de rebento vão ficando para trás. Nosso mais novo filete-verde já trabalha tal gente grande e sabe bem o que precisa fazer: está construindo um bulbo.

Hippeastrum: a vez das sementes

Quando o céu se torna novamente azul, logo após algumas chuvas, a cápsula que forjou as sementes de uma nova geração de açucenas começa a romper-se.

Em seu interior, começam a ser reveladas, aos poucos, fileiras de negras sementes empilhadas. Há uma pilha em cada um dos três compartimentos que, bem no início, era o que sustentava suas pétalas. Talvez você também nunca tenha visto sementes de açucena, mas como o momento é único, isso pouco importa.

Afinal, quem não quedará impressionado com sementes aladas?

Aladas sim!  Assim são chamadas os tipos de sementes que desenvolveram membranas que recobrem a leve e frágil semente em si, agindo como asas.

E o vento semeará novas açucenas.
A terra integra-se com a água e o ar, conspirando para a vida.

Hippeastrum construindo o fruto

Desde a brotação do bulbo, contamos aqui quarenta e cinco dias.

Hippeastrum erigiu a haste floral nua (sem folhas) em trinta e dois dias, quando então duas flores abriram.  A fase-flor persistiu por volta de cinco dias.  E uma semana depois…

E então surgem a primeira folha e também um segundo pendão.

Enquanto isso, o fruto continua seu desenvolvimento.

E  o fruto agora está perto de entregar ao mundo a parte que lhe é mais cara,  aquela que gerou e protegeu com tanto zelo durante trinta dias.

Cinco dias de flor de um Hippeastrum

Trinta dias de um Hippeastrum

Hippeastrum 'Coral'

As serpentes e o castelo de Neomarica

Neomarica sp.

“Durante um período do ano, os castelos mágicos de Neomarica aparecem sobre a terra, no alto de colinas verdes.

Menos de doze horas se passam desde o momento que surgem até desaparecerem completamente, para então ressurgirem em outro dia, noutro local.

E é nessa época que costumamos ouvir relatos encantados, enebriados, por vezes até assombrados daqueles poucos agraciados com a sorte desse vislumbre. Vistos, sim. Mas quem ousar desvendar seus segredos terá antes que enfrentar a fúria das três serpentes azuis…

Fronte azul e ventre amarelo, ambos entrecortados por raias, carregam a força de mil tigres, estampados nas marcas em seu dorso. Essas gigantescas, ameaçadoras e temidas criaturas protegem cada uma das três imponentes torres de cristal: o castelo de Neomarica.

Conta a lenda que as najas são mensageiras desses seres colossais e que, por isso, receberam o sopro de seu poder.

Os castelos mágicos de Neomarica continuam a vicejar sobre a terra, sempre na mesma época. E todos acham que isso é um sinal.

Sinal de que seus segredos nunca foram penetrados. Ninguém que tenha triunfado a batalha das serpentes jamais foi visto novamente.

Conta a lenda que a torre de cristal transforma-os em… serpentes azuis!”


Neomarica

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Lilium ‘Orange Pixie’

Planta fantasma

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